Acordo de manhã e me sinto mal, é como se minha barriga estivesse tentando vir para fora. Levanto-me correndo e vou ao banheiro, chego a tempo na privada e coloco tudo para fora, vomito tudo o que comi ontem, não só no jantar, mas no dia todo. Acho que fiz muito barulho, pois Ed aparece atrás de mim.
-Você está bem? -Ele pergunta preocupado.
-Um mal-estar, daqui a pouco passa. Acho que foi algo que comi ontem que não me caiu muito bem, relaxa. -Seguro a mão dele e me abraço ao seu corpo.
-O que está havendo com você? Está diferente.
-Não é nada. -Vou para a pia e lavo o meu rosto, escovo os dentes e tento não olhar diretamente para o Ed.
-Tudo bem, vou pedir o café da manhã. -Assim que ouço o Ed falar sobre comida a vontade de vomitar volta e me seguro para não fazer aquilo na frente dele. Balanço a cabeça para ele ir e respiro fundo.
Pego um remédio para esse enjoo e tomo, deito na cama e espero o efeito chegar. A porta do quarto se abre e vejo Tadeus. Estou tão mal pelo enjoo que nem ligo de ele estar ali.
-O que houve com você? Está com uma cara nada boa. -Ele senta na ponta da cama.
-Estou um pouco enjoada, deve ter sido algo que comi ontem. Já tomei o remédio, daqui a pouco passa.
-Leu a carta do nosso advogado? -Digo que sim. -Gostou da boa notícia?
-Você já sabia? Por que não me contou nada dessa herança?
-Sei lá, acho que não tive a oportunidade. O advogado vai para a minha casa amanhã, então acho que podemos sair amanhã cedo para nos encontrarmos com ele, vamos rever também a mamãe, aposto que ela está com saudades de você. -Dou um sorriso desanimado para ele, não que eu não queira rever minha tia, mas é o enjoo que me faz ficar assim.
Ed entra no quarto com a bandeja do café da manhã. Tadeus fica sério e cumprimenta Ed, depois vai para o quarto.
-Seu primo está com raiva de mim, ou é apenas impressão minha?
-Apenas impressão. -Olho para o café da manhã e prendo a respiração para não sentir o cheiro.
-Acho que você não vai querer comer isso aqui não?! -Afirmo com a cabeça. -Tudo bem, vou levar para a sala .
Ele leva e volta para o quarto, fica deitado com a cabeça próxima a minha barriga. Seus dedos ficam fazendo voltas na minha barriga.
-Se você não melhorar nós vamos para o hospital, pode ser algo sério. -Dou uma risada.
-Calma, é apenas um enjoo. Ontem tinham comidas muito diferentes lá na sua casa, comidas que nunca vi na minha vida, meu estômago não está acostumado com isso.
Passo o dia com o Ed na cama, ele sempre tomando conta de mim, em alguns momentos o enjoo passa e depois volta, mas vou tentando contornar às vezes. E assim vai se passando o dia.
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