Capítulo 24
Eu estava muda, sem saber o que dizer ao Chad. Ele estava me olhando fixamente e já começava a estranhar o meu silêncio. Então falei a primeira coisa que me veio a cabeça.
-É segredo as relações entre garota e cliente. -Então deitei em cima do seu corpo, numa maneira de seduzi-lo e assim, quem sabe, fazê-lo esquecer.
-Mas o Ed e eu somos melhores amigos, não escondemos nada um do outro. Ainda mais se for apenas uma garota de programa. -Ele me tira de cima do seu corpo. Sinto-me enojada com a ideia de ter feito sexo com um cara como ele. O que o Chad tem de bonito ele tem de asqueroso.
-Tudo bem, se quer tanto contar pode ir. Agora não entendo, eu achava que as mulheres é que eram assim, que comentavam com as amigas sobre as suas transas. -Ele me fulminou com o olhar.
-O que você está querendo insinuar?
-Nada, apenas comentando sobre o assunto. Não sabia que os homens também faziam isso. -Digo sabendo que estou conseguindo persuadi-lo. -É ótimo quando aprendemos coisas novas.
-Espera um pouco, você está me comparando a uma mulher? -Então tudo aconteceu rápido demais.
Eu estava deitada na cama quando algo atingiu o meu rosto e cai no chão. Ele havia me dado um soco, continuei caída e com medo de me levantar. Senti quando ele se ajoelhou ao meu lado, segurou os meus cabelos com grosseria e ergueu meu rosto.
-Isso é pra você aprender como é que se faz um bom serviço. -Ele soltou meu rosto e só aí percebi que meu nariz estava sangrando e eu estava com o rosto deitado numa poça de sangue.
Eu queria matá-lo, mas estava fraca. Ele havia me pegado desprevenida, então fui deixada sozinha lá no motel. Fiquei deitada por algumas horas em cima da minha poça, tentando arrumar uma maneira de sair dali sem precisar pagar a conta que, com certeza, Chad não pagou. Então pensei na única coisa que poderia fazer.
Liguei para o Ed.
-
Angel, o que foi que houve? -Ele atendeu preocupado ao ouvir minha voz fraca. Contei quase tudo a ele, só não mencionei o fato de ter transado com o Chad e que logo depois fui espancada por ele. -
Calma, não se preocupa que eu vou para aí.
Ele realmente não demorou, meu sangue já havia parado de escorrer. Alguém abriu a porta e ouvi a voz de Ed. O pânico era notável em sua voz, então sussurrei:
-Não precisa se preocupar estou viva. Só não estou com forças para me levantar.
-Cadê esse covarde que fez isso com você? -Vi que ele estava olhando para os lados procurando o tal covarde.
-Foi embora, me deixou sozinha aqui. -Ed me ajudou a levantar e me carregou no braço. Encostei minha cabeça em seu ombro.
-Vou te levar para o hospital, não se preocupa com nada.
Então essa foi a última coisa que ouvi, o sono era maior.
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