The A Team Novel - Capítulo 27

on quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Capítulo 27
De manhã quando acordo Ed já não está na cama, sinto o cheiro de sopa e sei que ele está preparando algo para eu comer. Não sei como ele está conseguindo, mas pelo cheiro está quase pronto.
Ele sai da “cozinha” com um prato fundo repleto de sopa. Ele sorri e coloca na mesinha onde antes estava a cocaína. 
-É bom tomar tudo, aproveita que o tempo está frio. -Olho para a janela e vejo o céu nublado. Londres em pleno inverno. 
-Então como foi passar a noite num hotel cinco estrelas como aqui? -Pergunto brincando com ele. 
-Posso falar que foi uma das melhores noites da minha vida? -Olho com descrença. -É sério, dormi bem, parece que mesmo com esse tempo de convivência você não consegue apagar a imagem de garoto mimado quando olha para mim. Não sou assim e já dei várias provas. 
-Foi mal. -Enquanto falo vou tomando a sopa. -É que tenho imagens fixas das pessoas só pelo fato de não terem a mesma vida que a minha, é uma espécie de proteção. Coloco todos dentro do mesmo grupo e assim evito contato com todos. 
-Não sei como você é garota de programa. Você não gosta de contato com as outras pessoas e tem que trabalhar com elas, e tendo um grande contato.
Abaixo a cabeça e finjo que é por estar tomando a sopa, mas na verdade eu estou com o rosto vermelho de vergonha. 
-Só trabalho com elas porque preciso. Não faria nada disso se tivesse opção. -Ele coloca a mão no meu pé e fica acariciando. 
-Quem sabe agora você não tenha? Hoje nós vamos descobrir sua história, tentar descobrir o que aconteceu com você. -Ele olha para o relógio e diz: -É melhor se apressar se quiser descobrir quem é. -Então ri. 
Ed vai ao banheiro e toma banho, eu fico esperando ele sair para poder ir. Ao sair ele sai enrolado em uma toalha e fico com vergonha de olhá-lo, todo esse tempo imaginando o corpo dele e agora que está aqui perto do meu não tenho nem coragem de olhar. Entro rapidamente no banheiro e tomo banho. 
Nós saímos de casa e pegamos a estrada em seu carro. Pergunto a ele o que os pais dele acharam quando ele disse que iria passar alguns dias sem ir em casa. 
-Nada, eu não disse. -Olho espantada. -Eles já são acostumados com essas minhas ausências, estou sempre na casa de um amigo.
Quando ele fala isso penso no Chad, com certeza ele vai para a casa do Chad na maioria das vezes. 
-Portanto não precisa se preocupar. 
-É melhor assim, eu não quero atrapalhar a sua vida. -Ele coloca a mão em minha perna. 
-Você nunca vai atrapalhar. 
Então nós pegamos a estrada rumo a minha história

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