The A Team Novel - Capítulo 29

on sábado, 12 de janeiro de 2013

Capítulo 29 
O homem, meu irmão, fica tenso e me olha da cabeça aos pés. A sua mãe, minha mãe, se levanta e me dá um abraço. Retribuo o abraço sem saber o que dizer, apenas deixando as lágrimas rolarem, passamos alguns minutos assim sem saber o que dizer, apenas deixando o momento se acalmar. 
-Minha querida. -Ela olha para o homem. -Está vendo querido, é ela mesma. 
-É mãe, mas ela pensa que é a sua filha. É melhor explicar direito a história para ela. -E pela primeira vez ele sorri para mim. 
A mulher me diz que na verdade é minha tia e não minha mãe, o que faz do homem o meu primo. Ela me informa também que meus pais morreram e choro ainda mais por isso, pois a morte foi por causa de uma busca que eles estavam fazendo para me acharem e nessa busca acabaram caindo com o carro em um penhasco. 
-A estrada estava bastante escorregadia e havia muita neblina, nós os avisamos para não ir, mas eles queriam tanto te achar. -Ela para e logo depois sorri. -Se eles estivessem aqui iriam te abraçar tão forte. É uma pena que não lembre de nada da sua infância querida, foi tão mimada.
O meu primo ri. 
-Sério Julie, você não tem ideia do que passamos.
Olho para ele sem entender. Quem é Julie? 
-Ah, desculpe, a minha mãe não disse, mas o seu nome é Julie. -Então repito o nome e vejo como soa. Ed olha para mim e sorri. 
-Pra mim continua lindo o nome. -Seguro sua mão. 
-Ele é seu namorado? -Minha tia me pergunta. 
-Não! Ele é só um amigo. -Olho nos olhos de Ed. -Um grande amigo, que sou grata por toda a minha vida. Sem ele eu nunca teria descoberto vocês. 
Minha tia segura a mão do Ed e agradece, o meu primo, Tadeus, agradece de longe. As horas vão passando e quando me dou conta nós já temos que ir. 
-Como assim ir? Você agora é da nossa família, não pode mais sair daqui. Não podemos te perder mais uma vez. -Minha tia, Helena, diz. 
-Eu tenho a minha casa, não posso simplesmente abandoná-la. -Tadeus segura a minha mão. 
-Claro que pode, venha morar conosco poderemos quem sabe assim trazer sua memória de volta. -Olho para Ed com a ideia de ficar sendo tentadora. Ele confirma com a cabeça. 
-Vai, pode ficar, eu trago suas coisas para cá amanhã. Não se preocupa. 
-Vocês poderiam nos dar licença enquanto me despeço do Ed?
Pergunto para a minha família… Nossa, que palavra estranha. Eles aceitam, Ed e eu vamos para o lado de fora, percebo que nos observam da janela, deixo para lá. 
-O que achou deles? Confiáveis?
-São sua família, te aceitaram bem, claro que são confiáveis. Sei do seu medo de pessoas desconhecidas, mas essas pessoas não são tão desconhecidas assim para vocês, elas só estão guardadas em um canto especial da sua mente. 
-Eu sei, mas é que não sei se vou me sentir confortável de ficar aqui sozinha com eles. E como eles aceitam assim tão rápido que sou a filha sumida? 
-Não sei, mas a mulher estava te observando e deve ter percebido algum detalhe. -Ele olha no relógio e fala apressado. -Agora preciso ir, até amanhã, eu venho te visitar sempre que puder, não se preocupa. 
-Vem mesmo, preciso do seu apoio aqui.
Então o carro dele some pela rua, e sinto como se um grande pedaço de mim fosse arrancado e jogado longe. Mesmo estando com minha família… sério, essa palavra é estranha, nem ao menos sei o significado dela direito… sinto como se estivesse sozinha. 
Só estou completa com o Ed ao meu lado.

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